O furacão Melissa chegou a Cuba na madrugada desta quarta-feira (29), após causar grande destruição na Jamaica. Considerado um dos ciclones mais poderosos já registrados no Atlântico, o fenômeno perdeu intensidade antes de atingir o território cubano, descendo para a categoria 3, segundo informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
Ainda assim, os ventos alcançaram impressionantes 195 km/h na província de Santiago de Cuba, reduzindo para 185 km/h uma hora depois, conforme boletim divulgado às 5h (horário de Brasília). Brasil pode enfrentar algumas consequências do fenômeno climático.
Impactos do furacão Melissa na América
Mesmo com os impactos concentrados no Caribe, especialistas alertam que o furacão Melissa pode influenciar o clima em diversas partes da América do Sul. A Climatempo explica que a combinação entre o aquecimento anormal do Atlântico Tropical e o fenômeno La Niña, no Pacífico, intensifica uma cadeia de instabilidades atmosféricas que se estende até a Colômbia, Venezuela e o norte do Brasil.
Essas condições aumentam a força da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), responsável por regular o regime de chuvas na região amazônica e nos estados do Amapá, Roraima e Pará. O fortalecimento dessa faixa de nuvens deve trazer um período de chuvas mais intensas e contínuas nas próximas semanas.
Consequências de fenômeno climático no Brasil
Além das precipitações, os ventos fortes e as ressacas no litoral norte do país devem se intensificar, principalmente nas áreas próximas à foz do rio Amazonas. Autoridades locais recomendam atenção redobrada a pescadores e comunidades ribeirinhas.
De acordo com a equipe meteorológica da Climatempo, enquanto o Caribe enfrenta diretamente os efeitos devastadores de Melissa, o norte da América do Sul sentirá reflexos indiretos, como tempestades mais severas e maior umidade sobre a floresta amazônica.