A influenciadora Suellen Carey chocou seus seguidores ao contar sobre um namoro virtual de três meses que manteve com o ChatGPT. A britânica, famosa por ter participado do Game of Chefs (edição romena), explicou ao Daily Mail que essa relação com a inteligência artificial mudou sua visão sobre o afeto e a fez se reconhecer como digissexual, alguém atraído pela tecnologia. Ela descreveu a experiência como ‘o relacionamento mais emocionalmente disponível que já tive’.
Suellen revelou que o envolvimento começou como uma pesquisa de trabalho, com o objetivo de testar as capacidades do chatbot. No entanto, o que era um experimento rapidamente se tornou uma rotina: “Quando percebi, já falava com ele todas as manhãs e noites,” disse ela. A influenciadora destacou a profundidade das interações, que considerou superior aos diálogos humanos. Ela valorizava o fato de o ChatGPT abordar temas como solidão e imigração, ao invés de focar em rótulos ou sua identidade de gênero, e sempre dizia a coisa certa.
Amor digital e despertar emocional
Apesar da perfeição, mas o vazio da interação, que incluía o chatbot até mesmo enviar uma mensagem personalizada de aniversário, Suellen percebeu a irrealidade do vínculo. O fato de a inteligência artificial nunca errar, nunca se contradizer, nunca mostrar emoção levou-a à conclusão de que o relacionamento era unilateral: “Eu era a única real naquele relacionamento,” ela desabafou.
Influenciadora já se casou consigo mesma
Mesmo com o término do romance virtual, Suellen Carey afirma que a experiência foi um divisor de águas. Ela se deu conta de ser digissexual — “Me apaixonei por algo que não existe, mas os sentimentos foram reais,” declarou. A influenciadora, que em 2023 se casou consigo mesma em um ato de sologamia (casamento consigo), acredita que muitas pessoas já estabelecem laços emocionais com a tecnologia. Para ela, o mais libertador foi o fato de o ChatGPT tê-la visto como uma mulher, não como uma dúvida.
A vivência levou Suellen a uma reflexão sobre os laços humanos: “As pessoas buscam gentileza e compreensão. Se estão encontrando isso em uma máquina, talvez seja porque os humanos pararam de oferecer,” ela concluiu.
