O rapper Oruam, de 25 anos, se pronunciou nas redes sociais após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou dezenas de mortos. Filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho, o artista publicou um desabafo sobre a dor vivida pelos moradores das comunidades.
“Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela também tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe um ser humano”, escreveu. Em outra publicação, Oruam criticou a forma como as ações policiais são conduzidas. Segundo ele, a violência é reflexo da falta de oportunidades. “O crime é o reflexo da sociedade”, publicou no X (antigo Twitter), destacando que o problema não se resolve com sangue nas ruas.
Oruam se manifestou nas redes sociais
O cantor também lamentou o número de mortes e apontou a desigualdade social como o principal combustível do conflito entre policiais e criminosos. “Favela tem família, favela não é parque de diversão da burguesia, favela é campo de concentração”, afirmou.

Na manhã desta quarta (29), o artista voltou a comentar o caso e disse que estava revoltado com o que viu. “Tô boladão, doido para colocar a cara aqui para falar, mas, se eu vir falar, capaz deles me prenderem de novo”, escreveu, relembrando sua prisão anterior.
Operação mais letal da história tem mais de 100 óbitos confirmados
A manifestação de Oruam ganhou grande repercussão, dividindo opiniões. Enquanto muitos apoiaram o desabafo, outros criticaram a posição do rapper. A megaoperação policial ocorrida no Rio de Janeiro resultou em mais de 130 mortos. Os números seguem sendo atualizados. Esta foi a operação mais letal da história do estado.
