Após megaoperação no Rio de Janeiro, Lula sanciona lei às pressas para endurecer combate ao crime

Legislação aprovada no Congresso com o objetivo de criar penas mais rígidas e foi publicada no Diário Oficial da União.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (29), uma nova lei que reforça o combate ao crime organizado e amplia a proteção de autoridades e servidores públicos que atuam nessa área sensível. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (30) e representa um avanço significativo na legislação de segurança pública e justiça criminal.

A nova lei, aprovada pelo Congresso Nacional, cria duas novas modalidades de crime: obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução dessas ações. Ambas as infrações passam a ser punidas com penas que variam de quatro a doze anos de reclusão, além de multa.

Objetivo de lei sancionada por Lula

O objetivo é endurecer a punição para quem tenta impedir investigações ou interferir em operações policiais e judiciais voltadas ao combate das facções criminosas. Outro ponto importante da legislação é o reforço na segurança pessoal de profissionais que enfrentam diretamente o crime organizado.

A norma amplia a proteção para juízes, promotores, policiais e militares — inclusive aposentados —, além de seus familiares, sempre que houver risco em decorrência do exercício de suas funções. A lei também traz alterações no Código Penal, em especial no artigo 288, que trata da associação criminosa.

A partir de agora, quem solicitar ou contratar a prática de delitos a membros de uma organização criminosa poderá receber a mesma pena dos integrantes — de um a três anos de prisão, além da punição pelo crime cometido, caso este se concretize.

Medida estende proteção legal

Além disso, a medida estende a proteção legal a profissionais que atuam em áreas de fronteira, reconhecidas como regiões de alta vulnerabilidade e forte presença de facções e contrabando internacional. A iniciativa reforça o compromisso do governo em fortalecer as instituições de segurança e combater de forma mais eficaz o crime organizado no país.