A divulgação da primeira lista de mortos na megaoperação policial realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, chamou a atenção por um detalhe específico.
O nome de Japinha do CV, também conhecida como Penélope, apontada como uma das principais combatentes do Comando Vermelho (CV), não apareceu entre os 99 nomes inicialmente divulgados pelas autoridades nesta sexta-feira (31).
Japinha do CV foi atingida por disparo de fuzil
Segundo informações preliminares, Japinha do CV foi morta durante confronto com as forças de segurança. Ela foi atingida por um disparo de fuzil que esfacelou a cabeça, após reagir à abordagem policial e abrir fogo contra os agentes.
No momento da morte, a traficante vestia roupa camuflada, colete tático e portava armamento de guerra, evidenciando seu papel ativo na linha de frente da organização criminosa. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que entre os 117 mortos confirmados até o momento, 78 tinham histórico criminal e 42 eram foragidos. Curi destacou ainda que os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como quartéis-generais do Comando Vermelho em âmbito nacional, sendo locais de treinamento e comando da facção.
A megaoperação no RJ para combater o avanço territorial do CV
De acordo com o Palácio Guanabara, a operação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes de diversas corporações, entre Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais. A ação teve como objetivo desarticular a base logística e conter o avanço territorial do Comando Vermelho. Durante a madrugada, moradores relataram momentos de pânico com tiroteios intensos, explosões e o sobrevoo constante de helicópteros, especialmente nas áreas da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro, que amanheceram sob forte presença policial.