A morte de Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, causou grande comoção nas redes sociais. A jovem foi atingida por um tiro na cabeça enquanto voltava para casa em um carro por aplicativo, durante um intenso tiroteio na Linha Amarela, uma das vias mais movimentadas do Rio de Janeiro. O caso aconteceu na altura da passarela do Fundão, na manhã de sexta-feira, 31 de outubro.
Horas antes do crime, Bárbara havia feito uma publicação que hoje parece um presságio. Em suas redes sociais, compartilhou um texto sobre o valor da vida e das pessoas, destacando que é um erro priorizar o que tem preço e esquecer o que realmente importa. Falava sobre o quanto é caro perder o que não pode ser comprado, pedindo para que se cuidasse de quem ama e se valorize o essencial. Uma das internautas, ao ver a publicação, comentou: “Essa reflexão que ela postou, ela sentiu que iria partir”.
Motorista dá sua versão à Polícia
O motorista do aplicativo, em depoimento à polícia, contou que Bárbara vinha da Ilha do Governador com destino ao bairro do Cachambi. Quando o veículo entrou na Linha Amarela, ele ouviu disparos vindos de fora e percebeu logo em seguida que a passageira havia sido atingida. Em desespero, tentou socorrê-la e dirigiu até o Hospital Geral de Bonsucesso, mas a jovem não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento.
A polícia ainda apura de onde partiram os tiros que atingiram o carro. Testemunhas afirmaram que houve confronto entre criminosos e forças de segurança na região naquele momento. Outras duas pessoas também ficaram feridas durante o tiroteio, aumentando a tensão e o caos no local. A Linha Amarela precisou ser interditada por alguns minutos, provocando congestionamento e pânico entre motoristas que tentavam escapar dos disparos.
Violência no Rio de Janeiro
Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens à jovem, lembrando dela como uma pessoa alegre, generosa e cheia de planos para o futuro. Vale lembrar que os moradores do Rio de Janeiro vivem momentos de muita tensão, principalmente após a recente megaoperação das autoridades contra o Comando Vermelho. Em ação da Polícia na Penha e no Alemão, mais de 100 mortes foram confirmadas.