A médica Alice Cioni de Toledo Barros, de 25 anos, contou que desenvolveu sepse após espremer um pelo encravado na virilha. O caso ocorreu em agosto, e ela precisou de internação em UTI em São Paulo. O tratamento com antibióticos intravenosos e grande volume de soro resultou em um aumento de 16 quilos durante os cinco dias de terapia intensiva e dez dias de internação em enfermaria. Segundo especialista, a sepse é uma resposta inflamatória extrema do corpo a uma infecção, capaz de causar falência de órgãos vitais.
No início, Alice tentou tratar o local em casa com pomadas e antibióticos indicados por colegas, mas o quadro piorou. A dor se intensificou, a vermelhidão aumentou e ela passou a ter dificuldade para andar. Ao procurar o hospital, recebeu novos medicamentos, mas logo apresentou sinais vitais alterados, queda de pressão e taquicardia, sendo encaminhada às pressas para a emergência.
O que é sepse e por que exige atenção imediata
A sepse é uma reação perigosa do organismo a uma infecção e pode ter sintomas confusos, semelhantes aos de outras doenças. Médicos recomendam atenção aos sinais resumidos pela sigla “TIME”: temperatura alterada, infecção presente, confusão mental e sensação de mal-estar extremo. A condição afeta milhões de pessoas por ano e é uma das principais causas de morte por infecção. Idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com imunidade baixa estão entre os grupos de maior risco.
Durante o tratamento, Alice recebeu cerca de oito litros de soro nas primeiras 48 horas. O acúmulo de líquidos causou o inchaço e o ganho rápido de peso. Após duas semanas, recebeu alta e fez um alerta sobre a gravidade da doença: “As pessoas não sabem até onde uma infecção simples pode chegar. A sepse pode começar na pele e evoluir rapidamente”.
Tratamento rápido é decisivo
Especialistas ressaltam que o reconhecimento precoce e o início imediato do tratamento são cruciais para a sobrevivência. A sepse exige uso rápido de antibióticos e suporte intensivo com fluidos e medicamentos para estabilizar a pressão. Em alguns casos, cirurgias são necessárias para eliminar o foco da infecção. Após a recuperação, o acompanhamento médico é essencial para evitar complicações e garantir a reabilitação completa.
