O Dia de Finados foi marcado por emoção e revolta no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Familiares e amigos se reuniram para se despedir de Bárbara Borges, de 28 anos, morta com um tiro na cabeça durante um tiroteio na Linha Amarela, na altura da Maré.
O velório, realizado na tarde deste domingo (2), reuniu colegas de trabalho, autoridades e nomes conhecidos, como o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e o cantor Buchecha, que acompanharam de perto o momento de despedida.
Buchecha se despede da jovem baleada na Linha Amarela
Ferreirinha chegou cedo ao local para prestar solidariedade à mãe da jovem, funcionária antiga da rede municipal de ensino. “Não é a ordem natural da vida uma mãe ter que enterrar uma filha, especialmente numa circunstância como essa”, lamentou o secretário, que garantiu apoio à família. O ambiente era de comoção, com flores brancas e girassóis cercando o caixão da jovem, que havia acabado de ser promovida no banco onde trabalhava.
Buchecha, que cantou no casamento de Bárbara há três anos, também compareceu ao velório e se emocionou ao lamentar o ocorrido. “Nos deixa tão cedo, por conta dessa violência que parece não ter fim. A gente precisa de uma resposta, de um basta. Queremos um Rio de Janeiro de paz”, declarou o cantor, visivelmente abalado.
A tragédia com Bárbara Borges
Bárbara voltava para casa em um carro por aplicativo quando o veículo ficou preso em meio a um confronto armado entre criminosos e policiais na última sexta-feira(31). O motorista foi atingido na mandíbula e permanece internado. A família só descobriu o que havia acontecido depois que o marido, que estava em São Paulo, rastreou o celular da esposa e localizou o aparelho no Hospital Federal de Bonsucesso. Jovem, alegre e sonhadora, Bárbara é mais uma vítima da violência que interrompe histórias e destrói famílias no Rio de Janeiro.
