A morte da jovem Penélope, conhecida popularmente como Japinha do CV, foi um dos assuntos mais repercutidos envolvendo a megaoperação realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro na última semana. Popular nas redes sociais, ela foi alvejada com um tiro na cabeça após troca de tiros com agentes policiais. Figura com prestígio nos bastidores, ela era tida como braço direito de Doca, líder do Comando Vermelho, e teve a verdadeira face exposta pelo historiador Joel Paviotti.
Em vídeo publicado no YouTube, o profissional revelou que Japinha era um soldado do chefe do tráfico e descrita como cruel nos bastidores para executar ações orientadas pelos traficantes. Além disso, a jovem era conhecida e respeitada em outras comunidades fora do Complexo do Alemão e da Penha.
Cruel para agir
Conhecida nas redes sociais por esbanjar ousadia ao aparecer com armas de grossos calibres, Japinha do CV era responsável por atuar na rota de fuga de criminosos e nos movimentos do tráfico, e segundo Paviotti, não hesitava para cumprir ordens de superiores.
“Ela era uma espécie de soldado de elite do Doca. Além disso, relatos de pessoas próximas a descrevem como ‘uma pessoa bastante cruel’ quando tinha que dar uma lição em alguém, que era muito ‘disposição’ e totalmente linha de frente. Era bastante conhecida não apenas no Alemão, mas em diversos outros lugares“, disse o historiador.
Nome ainda não aparece em lista
Na última sexta-feira (31), a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou uma relação com os mortos na megaoperação e o nome de Japinha do CV não apareceu na relação que contava com 99 óbitos identificados. A confirmação oficial deve acontecer ao longo da semana. O corpo da jovem foi localizado em um dos acessos à comunidade. Ela estava vestida com roupa camuflada e colete tático, fortemente armada.
Neste domingo (03), o Metrópoles trouxe uma atualização da lista, com 115 nomes, e nenhuma mulher foi mencionada. Dois corpos ainda não foram identificados pelas autoridades.
