Um documento da Polícia Civil apurado pela colunista Mirelle Pinheiro, neste domingo, revelou que a jovem Japinha do CV não aparece na nova atualização da lista de óbitos registrados na megaoperação realizada no Rio de Janeiro na última terça-feira (28). A jovem, vista como peça influente no Comando Vermelho foi dada como morta, após a divulgação de fotos nas redes sociais, após levar um tiro de fuzil na cabeça.
Na sexta, a Polícia Civil divulgou uma relação com 99 nomes, mas Japinha não constava na lista. A jovem, inclusive, sequer teve o verdadeiro nome revelado pelas autoridades. Nesta nova lista, a musa do crime permanece fora, já que nenhum nome feminino aparece.
Segundo a publicação do Metrópoles, ainda existem dois corpos que não foram identificados por não ter arcada dentária ou de DNA. Penélope, como também assim era conhecida, está entre os óbitos ainda não confirmados.
Soldado de Doca
De acordo com informações do historiador Joel Paviotti, Japinha do CV era uma espécie de soldado de Doca, um dos líderes do Comando Vermelho. A jovem era conhecida nos bastidores por utilizar métodos cruéis na execução de ordens vindas de seus superiores para com criminosos dos Complexos do Alemão e da Penha.
A musa do crime era responsável por auxiliar traficantes em rotas de fuga, bem como protegia pontos de comercialização de drogas na comunidade. Ela se notabilizava por publicações nas redes sociais com armamento pesado e coreografias de músicas.
Balanço da megaoperação
Segundo informações da coluna de Mirelle Pinheiro, dos 115 identificados, 59 deles, ou seja, mais da metade, tinha mandado de prisão pendentes, e 97 tinham histórico criminal classificado como relevante. A Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda constatou que 54% dos criminosos mortos eram de fora do Rio de Janeiro, com o Pará liderando a lista, seguido da Bahia, Amazonas e Goiás. Quatro agentes policiais (dois do Bope e dois da PC) foram mortos durante a megaoperação.
