A discussão sobre o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divide ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto parte da Corte defende sua transferência para o presídio da Papuda, um magistrado influente, que mantém interlocução direta com o ministro Alexandre de Moraes, defende que Bolsonaro continue em prisão domiciliar. As informações são do colunista Paulo Capelli, do site Metrópoles.
Segundo o magistrado, a situação médica do ex-presidente deve ser levada em consideração. Ele comparou o caso ao do ex-presidente Fernando Collor, que também recebeu tratamento diferenciado por razões de saúde. “Se nós concedemos a Fernando Collor, não há por que não concedermos a Jair Bolsonaro”, afirmou.
Condenação de Jair Bolsonaro
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma organização criminosa responsável pela tentativa de invalidar o resultado das eleições de 2022. A sentença está em fase de recursos, e o ex-presidente segue monitorado por tornozeleira eletrônica.
A defesa alega que a prisão domiciliar é essencial devido à saúde debilitada do ex-chefe do Executivo, que ainda sofre consequências da facada recebida em 2018 e foi diagnosticado com câncer de pele neste ano.
Recursos da defesa de Bolsonaro serão analisados
O STF deve analisar os recursos apresentados nos próximos dias. Caso os embargos sejam rejeitados, a Corte poderá decidir pela execução imediata da pena, o que reacende a preocupação no entorno político e familiar de Bolsonaro.