A megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28), terminou em luto e revolta. Quatro policiais perderam a vida durante o confronto, entre eles o inspetor Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, que havia sido nomeado há apenas 63 dias na Polícia Civil.
A tragédia gerou forte repercussão nas redes sociais e manifestações emocionadas de familiares das vítimas. A mãe de Cabral, inconformada, criticou a condução da ação e direcionou palavras de indignação ao governador do Rio de Janeiro.
Mãe de policial morto na megaoperação fala sobre Cláudio Castro
“Aquele infeliz do [governador do Rio] Cláudio Castro sabia que os policiais não tinham condição de encarar o CV. Meu filho só tinha 40 dias de corporação”, disse Débora Velloso Cabral, em entrevista ao portal O Globo, durante o velório do filho. Segundo a mãe de Rodrigo, o policial perdeu a vida após ser encurralado por criminosos durante a megaoperação.
Rodrigo Cabral havia sido nomeado oficialmente no fim de agosto e, após um breve período na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), foi transferido para a 39ª DP, na Pavuna. Casado e pai de uma menina, o policial era descrito por amigos como um homem dedicado e idealista, que via na corporação a realização de um sonho. Antes de ingressar na Polícia Civil, ele havia concluído um curso técnico em telecomunicações em São Gonçalo.
Quatro policiais perderam a vida na megaoperação no RJ
Além de Cabral, outros três policiais morreram na operação: o inspetor Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Maskara, e os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39. Maskara, que atuava há 26 anos na corporação, havia sido recentemente promovido a chefe de investigação da 53ª DP, em Mesquita. Já Cleiton e Heber, ambos com mais de uma década de serviço, deixaram esposas e filhos, ampliando o sentimento de dor nas corporações.
