A megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, terminou em luto e comoção. Quatro policiais perderam a vida e vários ficaram feridos durante o confronto com criminosos do Comando Vermelho.
Entre as vítimas está o inspetor Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, que havia sido nomeado há pouco mais de dois meses e ainda dava os primeiros passos na carreira policial. Recém-formado, Rodrigo era casado e pai de uma menina.
Mãe de Rodrigo lamenta a morte do filho
Rodrigo Velloso Cabral foi nomeado oficialmente em agosto e, após breve passagem pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, foi transferido para a 39ª DP, na Pavuna. Antes de ingressar na corporação, havia concluído um curso técnico em telecomunicações em São Gonçalo. A morte precoce do inspetor, em meio à sua primeira grande operação, causou grande comoção entre familiares, amigos e colegas de trabalho.
Durante o velório, a mãe do policial, Débora Velloso Cabral, fez um desabafo emocionante. Abalada, ela afirmou que o filho foi encurralado por criminosos e criticou o governador Cláudio Castro pela condução da ação. “Meu filho era amor, meu filho era sorriso. Os bandidos encurralaram ele”, lamentou. “Aquele infeliz do governador sabia que os policiais não tinham condição de encarar o CV”, declarou, entre lágrimas.
Os policiais que perderam a vida na megaoperação
Além de Rodrigo, também perderam a vida o inspetor Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Maskara, e os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca. No Hospital Getúlio Vargas, para onde as vítimas foram levadas, a dor tomou conta de colegas da Polícia Civil e da PM, que se uniram em silêncio e emoção diante da tragédia que marcou uma das operações mais violentas do Rio de Janeiro.
