Japinha do CV segue ativa nas redes sociais após boatos sobre morte em megaoperação e faz apelo: ‘Por favor’

Polícia Civil diz que corpo atribuído a Penélope era de outro suspeito; MP pede nova prisão a líderes do CV.

PUBLICIDADE

Penélope, conhecida como Japinha do CV e Musa do crime, está viva e não consta entre as pessoas que faleceram na megaoperação Contenção, realizada na última terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio. De acordo com o Instituto Médico Legal, os 117 suspeitos que faleceram na ação são homens, além de quatro policiais. A hipótese de que Penélope estivesse entre as vítimas surgiu após imagens de um corpo circularem nas redes sociais e serem reproduzidas por veículos.

A Polícia Civil esclareceu que a foto atribuída a Penélope era, na verdade, de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia, contra quem havia dois mandados de prisão ativos. O equívoco de identificação alimentou versões não confirmadas nas horas seguintes à operação. Com a revisão dos dados oficiais, o nome de Penélope não apareceu nas listas divulgadas por autoridades. Fontes da Segurança Pública confirmaram à CBN que Japinha do CV segue ativa nas redes sociais.

Postagens de Japinha do CV nas redes sociais e críticas à megaoperação

De acordo com a colunista Laura Vicaria, do site Terra, Penélope voltou a movimentar perfis nas últimas horas. Em vídeo divulgado nas redes, ela comenta a criação de contas falsas: “É muito fake que ta tendo. Eu não sei o que se passa na cabeça das pessoas, as pessoas são maldosas. Tem muita gente caindo em lábia de fake achando que sou eu […]. Por favor, não caiam. Eu só tenho esse perfil e o meu reserva”.

Apontada em investigações como combatente do Comando Vermelho na região da Penha, Penélope teria atuação na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de substâncias ilícitas. Nas redes, ganhou visibilidade por aparecer com armas e roupas táticas. Apesar de já ter sido citada em apurações anteriores, ela não foi denunciada pelo Ministério Público na lista de 69 integrantes relevantes da facção.

Investigações do MP e próximos passos da segurança pública

O governo do estado estima que mais de 200 investigados escaparam do cerco durante a megaoperação. A Secretaria de Segurança informou que há outras ações previstas, enquanto a perícia segue analisando registros e imagens coletadas para consolidar a identificação de envolvidos e a dinâmica da operação.