Laudo traz detalhes sobre morte de integrante do CV encontrado decapitado após megaoperação

Yago Ravel foi encontrado decapitado em região de mata onde suspeitos foram abatidos.

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O laudo pericial sobre a morte de Yago Ravel Rodrigues Rosário, um dos suspeitos mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, trouxe detalhes brutais sobre o caso. O corpo do jovem foi encontrado decapitado e pendurado em uma árvore, e os exames revelaram que ele ainda apresentava sinais vitais no momento da decapitação.

De acordo com informações publicadas pela colunista Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles, Yago foi atingido por um tiro de fuzil disparado de baixo para cima. O projétil atravessou o abdômen, atingindo órgãos vitais como o fígado, o pulmão direito e o estômago. A perícia indica que, mesmo após o ferimento, o sangue ainda circulava, o que comprova que a decapitação ocorreu poucos minutos depois do disparo.

Yago foi decapitado

Fontes ouvidas pelos investigadores apontaram que a rápida perda de sangue causada pelo tiro teria levado à morte em questão de minutos, o que reforça a hipótese de que o ato de decapitação foi imediato. As circunstâncias descritas no laudo indicam extrema violência e sugerem que o crime pode ter sido cometido como uma tentativa de manipular a narrativa sobre a operação policial.

A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que o ato tenha sido praticado por rivais do próprio Yago, dentro da facção. A intenção seria atribuir a barbárie aos policiais, buscando repercussão negativa contra as forças de segurança. O cenário de confronto intenso teria tornado impossível a aproximação imediata de um agente após o disparo fatal.

Secretário se manifestou

Em coletiva concedida dois dias após a operação, o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, comentou sobre o caso. “Quem disse que foi a polícia que cortou a cabeça? Os criminosos podem ter feito novas lesões nos corpos, podem ter feito isso aí para chamar a atenção da imprensa”, afirmou. As investigações seguem para identificar a autoria da decapitação e esclarecer as circunstâncias da morte.