A investigação sobre o assassinato de Arthur Davi, menino autista e com deficiência visual, revelou que o pai, Davi Piazza Pinto, cometeu o crime motivado pelo valor da pensão alimentícia. O delegado Bruno Germano explicou que o suspeito viajou de Santa Catarina à Paraíba com o objetivo de matar o filho.
Durante o depoimento, ele confessou ter asfixiado o menino dentro de um apartamento e enterrado o corpo em uma área de mata. O delegado afirmou que Davi disse ter agido para se livrar da dívida. As autoridades consideram o motivo do crime cruel e injustificável.
Sepultamento do corpo de Arthur Davi foi marcado por grande comoção
Para os investigadores, o homem demonstrou total ausência de arrependimento ao relatar o caso com frieza. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a asfixia como causa da morte. O menino foi sepultado na segunda-feira (3) em João Pessoa, em um clima de grande comoção. Amigos e familiares prestaram homenagens e pediram por justiça.
O crime trouxe à tona o debate sobre a proteção de crianças com deficiência e o papel do Estado em garantir segurança a menores sob risco em disputas familiares. Aline Lorena, mãe da vítima, afirmou que acreditava que o pai queria apenas se reaproximar do filho, por isso não hesitou em liberar Arthur para passar o dia com Davi.
Valor da pensão
Segundo a Polícia Civil, Davi Piazza Pinto pagava cerca de R$ 1.800 mensais à mãe da criança e alegou estar endividado. Por este motivo, planejou a morte do filho e viajou de Santa Catarina para a Paraíba para colocar o plano em ação.
