O papa Leão XIV fez um apelo por “reflexão profunda” sobre a forma como migrantes são tratados nos Estados Unidos. O pontífice, nascido em Chicago, criticou duramente as políticas de deportação em massa implementadas pelo governo de Donald Trump e destacou que muitas famílias foram “profundamente afetadas” pela rigidez das medidas.
Durante uma aparição pública em Castel Gandolfo, o papa respondeu brevemente a jornalistas e afirmou que há pessoas vivendo nos EUA “por anos e anos, sem nunca causar problemas”. Ele ressaltou que a acolhida ao estrangeiro deve ser uma prioridade cristã.
Declaração do papa Leão XIV
O historiador católico Austen Ivereigh avaliou que a fala representa “uma declaração muito forte”, especialmente por abordar diretamente as ações do órgão de controle migratório norte-americano. Já a professora Anna Rowlands, da Universidade de Durham, destacou que Leão tem uma visão pessoal sobre o tema, influenciada por seu passado como missionário no Peru.
Em declarações recentes, o papa defendeu que autoridades garantam assistência espiritual a migrantes detidos. “Certamente convidaria as autoridades a permitir que os agentes pastorais atendam às necessidades dessas pessoas”, afirmou.
Papa fala sobre violência
Ao comentar o bombardeio norte-americano contra navios venezuelanos suspeitos de tráfico na costa da América do Sul e do Caribe, Leão pediu moderação. “Acho que com violência não venceremos”, disse, alertando que a escalada militar pode ampliar tensões na região.
