O sargento Jorge Martins, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi um dos policiais feridos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no dia 28 de outubro. A ação terminou com 121 mortos, incluindo quatro agentes de segurança, dois deles do próprio Bope.
Com 15 anos de serviço na tropa de elite, Martins foi baleado na panturrilha enquanto tentava resgatar colegas caídos em meio ao confronto. Mesmo ferido, ele improvisou um torniquete e seguiu ajudando os outros policiais sob fogo cerrado.
Sargento relata momentos de tensão que viveu durante a megaoperação
O sargento relatou ao portal Extra o que viveu e contou que a reação de ir ao socorro dos feridos foi instintiva entre os membros da corporação. “Durante a operação, soubemos que colegas estavam baleados. Aqui, quando isso acontece, é automático, a gente vai ajudar”, contou, relatando que a equipe foi surpreendida pelos disparos. “Fui baleado na panturrilha. Quando olhei para o lado, vi que, a mesma enxurrada de tiro que me pegou, pegou mais três pessoas também”, disse o sargento.
Em meio ao confronto, o Jorge Martins ajudou a conter o sangramento de um colega atingido na coxa. Mesmo ferido, ele seguiu prestando socorro sob intenso tiroteio. “A gente andava sob chuva de tiros. O terreno era difícil”, contou o sargento, ao recordar o que viveu durante a megaoperação.
Sargento passou por cirurgia
Após ser resgatado e levado ao hospital, Martins revelou que só então conseguiu pensar em si mesmo. “Perguntei à médica se o tiro tinha pegado no osso, porque a perna ficou bamba. Ela mandou para raio-x e depois disse: ‘Não pegou o osso, mas você vai ter que passar por cirurgia'”, contou Jorge Martins, ao afirmar que ficou aliviado ao saber que não havia acontecido algo mais grave com ele.
