Em ação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal, órgãos federais e o Serviço Secreto dos Estados Unidos, o brasileiro Thiago de Carvalho, de 33 anos, foi preso em Goiânia (GO) na última quinta-feira (6) de novembro. Segundo a investigação, ele é apontado por suposto extremismo violento com motivações raciais e ideológicas e por ter enviado, por e-mail, ameaças ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As apurações indicam que as mensagens foram encaminhadas a autoridades americanas e desencadearam medidas de segurança imediatas. De acordo com os policiais envolvidos, o ponto crítico da apuração ocorreu quando o suspeito tentou se aproximar da Embaixada dos EUA em Brasília no dia seguinte ao envio dos e-mails, levando uma mala.
‘Shoot to kill’: o que foi encontrado no imóvel
Durante a busca, os agentes relataram a apreensão de itens que, segundo a investigação, indicam premeditação. Na parede do imóvel, os policiais encontraram, em inglês, a frase “shoot to kill” (“atire para matar”). Além disso, documentos e um caderno de anotações foram recolhidos. Entre os registros, constariam esboços de um plano de fuga que mencionava a tentativa de entrada nos Estados Unidos via Guatemala.
As autoridades vão analisar os materiais para apoiar investigações e possíveis cooperações internacionais. O suspeito brasileiro é investigado por discurso de ódio racial e antissemitismo online, e tem um histórico criminal nos EUA, onde foi considerado perigoso em 2018 por suspeita de agressão violenta.
Cooperação internacional e resposta das autoridades
As equipes envolvidas atribuem a efetivação da prisão à cooperação entre Brasil e Estados Unidos, com intercâmbio de informações e acompanhamento conjunto das comunicações identificadas como ameaçadoras. Segundo as autoridades, a atuação rápida buscou prevenir a materialização de possíveis ações e reforçar a proteção a líderes e instalações diplomáticas. A ação é apresentada como parte de um esforço mútuo para inibir atos classificados como terrorismo doméstico, neutralizando um risco em estágio inicial e reunindo provas para a responsabilização criminal, caso as suspeitas sejam confirmadas pela Justiça.
