Tornado que atingiu o Paraná deixa rastro de destruição e cinco mortes são confirmadas

Mortes são confirmadas no Paraná, depois da chegada de ciclone no Brasil, e há mais de 400 feridos.

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A região centro-sul do Paraná amanheceu devastada neste sábado (8) após a passagem de um tornado com ventos que ultrapassaram 250 km/h na noite anterior. O fenômeno climático, que ocorreu após a chegada de ciclone no Brasil, destruiu casas, arrancou árvores e deixou um rastro de destruição em várias cidades.

Segundo as autoridades, cinco pessoas morreram e mais de 430 ficaram feridas, além de haver dois desaparecidos. A cidade mais atingida foi Rio Bonito do Iguaçu, onde quatro das vítimas foram encontradas, enquanto a quinta morte ocorreu em Guarapuava.

Tornado causa rastro de destruição

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o tornado atingiu a categoria EF3 na escala Fujita, que vai até EF5. O fenômeno foi causado por um ciclone extratropical que avança pelo sul do Brasil, também provocando fortes chuvas e estragos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No Sudeste, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro seguem em alerta, por causa da instabilidade climática. Com ventos intensos e destruição em massa, mais de mil pessoas ficaram desabrigadas. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil seguem em busca de sobreviventes entre os escombros. Moradores de Rio Bonito do Iguaçu relataram queda de granizo e colapso de prédios inteiros, além de compartilharem vídeos que mostram o cenário de caos.

A localidade, com cerca de 14 mil habitantes e distante 400 km de Curitiba, foi atingida por uma tempestade supercélula, caracterizada por um mesociclone, uma corrente de ar giratória dentro da nuvem. A Defesa Civil estima que 80% da cidade foi destruída.

Tempestade deixa cidade destruída

Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Simepar, a principal diferença entre um tornado e uma tempestade comum está na rotação dos ventos. Ele explicou ainda que a combinação de calor, umidade e ventos de alta altitude favoreceu a formação do fenômeno extremo.