Tornado no paraná: sobe número de mortos na tragédia que deixou rastro de destruição

Além das vítimas fatais, centenas de pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento.

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Um tornado devastou parte do Paraná na noite de ontem, provocando mortes, feridos e destruição em várias cidades do estado. Segundo a Defesa Civil, ao menos seis pessoas perderam a vida e 437 receberam atendimento médico, nove delas em estado grave.

As equipes de resgate ainda procuram uma pessoa desaparecida e alertam que o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas. O município mais atingido foi Rio Bonito do Iguaçu, a cerca de 380 quilômetros de Curitiba, onde cinco pessoas morreram — entre elas três homens, uma mulher e uma adolescente.

Seis mortes foram confirmadas após tornado

A sexta vítima fatal foi registrada em Guarapuava, a 256 quilômetros da capital. “De 80 a 90% da cidade foi colapsada. Ainda não temos o número exato de desabrigados”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson, em entrevista à TV Globo.

A destruição foi tamanha que cerca de 75% de Rio Bonito do Iguaçu segue sem energia elétrica. A Copel informou que 280 postes e três torres de alta tensão caíram com a força dos ventos, interrompendo o fornecimento a 3.790 residências. Em todo o estado, mais de 216 mil domicílios foram afetados. Equipes da Copel e da Sanepar trabalham para restabelecer energia e abastecimento de água nas áreas atingidas.

Rastro de destruição

Várias rodovias foram bloqueadas pela queda de árvores e destroços. As estradas PRC-158 e PRC-466 já foram liberadas após interrupções, mas a PR-170 deverá levar cerca de dez dias para ser totalmente desobstruída, conforme o governo estadual. As autoridades também reforçaram a presença de bombeiros, policiais e equipes de saúde para auxiliar na recuperação das áreas afetadas.

De acordo com o Simepar, há fortes indícios de que os ventos ultrapassaram 250 km/h, o que elevaria a classificação do fenômeno para F3 na escala Fujita. Inicialmente, o tornado foi identificado como F2, com ventos entre 180 e 250 km/h. O órgão mantém equipes técnicas avaliando os danos e a intensidade do evento climático.

O governo do Paraná instalou um hospital de campanha para atender os feridos e pessoas desalojadas. Cães farejadores auxiliam nas buscas por possíveis vítimas sob escombros. As ações de reconstrução e assistência emergencial continuam em andamento, enquanto as autoridades monitoram as condições meteorológicas para evitar novos desastres.