Proibido pela Justiça, livro reacende mistério sobre o papel de Suzane no crime

Autor de Diário de Tremembé afirma que ouviu de Cristian detalhes inéditos e reproduz fala atribuída a Suzane.

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O jornalista e ex-prefeito Acir Filló, autor do livro Diário de Tremembé – O Presídio dos Famosos, afirmou ter ouvido de Cristian Cravinhos uma versão diferente sobre o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen. Segundo Filló, o ex-detento relatou que Suzane teria tido participação mais direta no crime, indo além do que foi descrito nos autos oficiais. As conversas ocorreram enquanto o autor também cumpria pena em Tremembé, e foram registradas em anotações que originaram o livro — atualmente proibido pela Justiça.

De acordo com o relato atribuído a Cristian, após o ataque inicial com tacos de beisebol, Suzane teria verificado o estado dos pais e desferido os golpes finais contra a mãe, que ainda estava viva. Filló disse ter reproduzido o depoimento tal como ouviu: “Ela foi checar se os pais estavam mortos e, ao ver que a mãe ainda respirava, pegou o porrete e terminou o serviço”. Essa versão não consta em nenhum documento do processo e se tornou alvo de grande repercussão.

Trechos polêmicos e livro proibido

Filló contou ainda que Cristian mencionou um encontro com Suzane após o crime. Ele teria tentado se desculpar enviando flores brancas, mas, segundo o relato, ela respondeu friamente: “Você já me deu o que eu queria. Me deu uma nova vida”. O autor afirma que apenas registrou relatos de detentos famosos, sem alterar as falas ou acrescentar interpretações próprias.

O livro Diário de Tremembé foi retirado de circulação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), sob o argumento de que o conteúdo poderia ferir direitos de personalidade. 

Caso Richthofen volta ao centro das atenções

As novas declarações reacenderam o interesse público no caso Richthofen, um dos crimes mais marcantes do país. Embora a versão apresentada por Filló não tenha valor judicial, o conteúdo reacende discussões sobre a verdadeira participação de Suzane e o impacto que o crime ainda causa, mais de 20 anos depois.