Órfão e isolado: a vida de Andreas, irmão de Suzane, não tem sido nada fácil

Lançamento da série reacende buscas sobre a trajetória acadêmica, o isolamento em São Roque e as pendências do patrimônio.

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O lançamento da série Tremembé reabriu o interesse público pela trajetória de Andreas von Richthofen, irmão de Suzane e único herdeiro de Manfred e Marísia, assassinados em 2002. À época do crime, ele tinha 15 anos e tornou-se centro involuntário da atenção midiática, além de herdeiro de um conjunto de bens. Desde então, sua vida foi marcada por tentativas de afastamento dos holofotes, mudanças de rotina e longos períodos de reclusão.

Após concluir o ensino médio, Andreas ingressou na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Farmácia e Bioquímica e, em seguida, obteve doutorado em Química Orgânica. A despeito do currículo acadêmico, optou por manter discrição, sem presença pública relevante na área científica. O desejo de se distanciar do passado e de reduzir o contato com o noticiário foi determinante para sua vida reservada.

Trajetória acadêmica e reclusão de Andreas von Richthofen

Em 2017, o nome de Andreas voltou às manchetes após ser detido por policiais militares durante um episódio de surto psicótico, que resultou em internação em ala psiquiátrica. Na ocasião, vieram à tona relatos de dificuldades pessoais, incluindo problemas com substâncias psicoativas e álcool, e um tratamento de cerca de dois meses. Nos anos seguintes, ele se isolou em um sítio herdado em São Roque (SP), sem internet e sem sinal de celular, evitando interações e sendo raramente visto por vizinhos. Durante a pandemia, vendeu parte de propriedades para adquirir outro terreno na mesma região, mantendo rotina simples e reservada.

O patrimônio herdado por Andreas é estimado em cerca de 10 milhões de reais, incluindo imóveis, veículos e terrenos. Entretanto, dívidas acumuladas, principalmente de IPTU e taxas condominiais, passaram a afetar os bens. Segundo relatos atribuídos ao jornalista Ullisses Campbell, oficiais de justiça enfrentam dificuldade para localizá-lo e efetuar notificações judiciais, e as pendências financeiras se aproximam de 500 mil reais, com possibilidade de leilão caso não haja quitação.

Patrimônio, dívidas e relação com Suzane von Richthofen

No campo familiar, Andreas não mantém contato com Suzane há anos. Em abril de 2024, em entrevista ao programa Tá na Hora, do SBT, ele afirmou que não mantém relação com a irmã e que não a perdoou, assim como aos irmãos Cravinhos.

Em 2025, teria havido tentativa de aproximação por parte de Suzane, com relatos de que ela levou o filho para um encontro, o que não prosperou; segundo apuração citada, Andreas teria ameaçado acionar autoridades. Uma moradora local relatou: “Ele prefere permanecer isolado da sociedade e não demonstra vontade de mudar essa situação. Parece estar apenas à espera da morte”, afirmou uma moradora local. Vinte e três anos após o crime, Andreas segue recluso entre as propriedades em São Roque, enquanto questões patrimoniais e a distância da vida pública moldam sua rotina atual.