Uma imagem gerada por inteligência artificial mostra como estaria hoje Eloá Cristina Pimentel, jovem de 15 anos assassinada em 2008 durante um sequestro que parou o Brasil. A tecnologia foi utilizada para projetar o possível rosto da vítima em 2025, quando completaria 32 anos.
A recriação digital foi feita a partir de fotografias originais e utiliza algoritmos de envelhecimento facial para estimar como Eloá teria se transformado com o passar do tempo. O resultado mantém os traços característicos da adolescente que o país acompanhou pelas telas há mais de uma década: rosto delicado, olhar expressivo e cabelos castanhos. O recurso tem sido usado para resgatar visualmente figuras marcantes de casos que tiveram grande repercussão nacional.
Tecnologia aplicada à memória
Assim como em outros trabalhos que unem jornalismo e inteligência artificial, a proposta busca reconstruir visualmente pessoas que tiveram suas vidas interrompidas de forma trágica. A imagem de Eloá aos 32 anos não é um retrato real, mas uma projeção estatística de envelhecimento baseada em dados visuais, feita com o objetivo de preservar a lembrança e reforçar o impacto histórico do caso.

O crime que comoveu o país
Em outubro de 2008, Eloá foi mantida refém por cerca de 100 horas no apartamento em que morava, em Santo André, no ABC Paulista. O sequestrador era Lindemberg Alves Fernandes, ex-namorado da jovem. O caso teve ampla cobertura da imprensa e terminou de forma trágica, com Eloá atingida por disparos durante a invasão do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE).
Lindemberg foi condenado em 2012 a mais de 98 anos de prisão por homicídio qualificado, cárcere privado e outros crimes relacionados ao caso. O episódio expôs falhas na condução das negociações policiais e abriu discussões sobre segurança, violência de gênero e a exposição midiática de operações desse tipo.
