Milagre nas águas: homem sobrevive após ataque brutal de tubarão a 40 metros de profundidade

Após o resgate, Mauricio foi levado de helicóptero ao Hospital Clínica Bíblica, onde passou por duas cirurgias.

PUBLICIDADE

O biólogo marinho mexicano Mauricio Hoyos, renomado pesquisador de tubarões, sobreviveu a uma mordida na cabeça durante uma expedição na Ilha do Coco, na Costa Rica, em 27 de setembro. Ele mergulhava a cerca de 40 metros de profundidade para marcar uma fêmea de tubarão-das-galápagos quando o animal reagiu.

Hoyos relatou à BBC News Mundo que sentiu “a pressão da mordida” antes de o tubarão soltá-lo segundos depois. Mesmo ferido, conseguiu retornar à superfície com a ajuda da equipe de apoio.

Cirurgias e recuperação na Costa Rica

Após o resgate, Hoyos foi levado de helicóptero ao Hospital Clínica Bíblica, em San José, onde passou por duas cirurgias — uma para conter o sangramento e outra reconstrutiva. O quadro evoluiu bem, e o biólogo recebeu alta poucos dias depois. Em entrevista, afirmou ter mantido a calma o tempo todo e destacou: “Nunca me senti em perigo”. Em mensagem pública, agradeceu o apoio recebido e anunciou que pretende voltar a mergulhar ainda em novembro.

O pesquisador integrava uma missão da One Ocean Worldwide Coalition, voltada à conservação marinha. A equipe médica informou que sua recuperação segue dentro do esperado e que ele será acompanhado por uma enfermeira no retorno ao México para continuar o tratamento.

Reflexões sobre o ataque e preservação marinha

Hoyos acredita que a reação do tubarão foi defensiva, comparando o comportamento ao de um cachorro que dá uma “mordida de aviso”. Ele também considerou que o animal poderia estar protegendo filhotes. “Meu trabalho continua”, afirmou, reforçando seu compromisso com a pesquisa e a preservação da vida marinha.

Em suas explicações, destacou o uso de marcas acústicas, tecnologia que permite rastrear os movimentos dos tubarões e identificar áreas de reprodução e alimentação. Essas informações ajudam a definir zonas de proteção e garantir o equilíbrio dos oceanos. “Os tubarões são como o sistema imunológico do mar”, concluiu o cientista, que vê no episódio um lembrete da importância de coexistir com os grandes predadores.