A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou 100 dias nesta terça-feira (11), marcada por um período de visitas políticas, disputas internas no bolsonarismo e incertezas sobre o cumprimento da pena em um presídio.
Nesse tempo, Bolsonaro recebeu lideranças de Santa Catarina, como a deputada Carol de Toni (PL), o senador Esperidião Amin (PP) e o governador Jorginho Mello (PL), todos com autorizações concedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema central das visitas foi a composição da chapa ao Senado nas eleições de 2026.
Conversas de Bolsonaro com aliados
As conversas reforçaram a crise dentro do grupo político. Carol de Toni afirmou que saiu da casa do ex-presidente com a promessa de apoio à sua candidatura ao Senado, enquanto Jorginho Mello reafirmou o acordo para divisão das vagas.
O nome de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, surge como favorito, mas tem gerado desconforto entre lideranças catarinenses. Deputadas como Ana Campagnolo criticaram publicamente a possível candidatura de Carlos, alegando que isso enfraqueceria o partido no estado.
Bolsonaro recebe visitas
Durante o período de reclusão, Bolsonaro também recebeu visitas de aliados de peso, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele enfrentou problemas de saúde, como crises de soluço e vômito, que exigiram atendimento médico.
Além disso, o ex-presidente participou de momentos familiares, como a festa de 15 anos da filha Laura, com presença controlada e aprovada pela Justiça. No campo político, o ex-presidente viu esfriar as discussões sobre o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A proposta de “dosimetria”, que reduziria as penas dos envolvidos, não avançou no Congresso.
