Vice-governadora cita saúde e idade de Bolsonaro e revela: ‘Ele precisa de dieta especial’

Impasse foi criado entre governador e vice-governadora do Distrito Federal sobre local onde Bolsonaro poderá ficar preso.

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A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que o Complexo Penitenciário da Papuda não tem condições de receber o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Segundo ela, o estado de saúde delicado e a idade avançada do ex-chefe do Executivo inviabilizam sua permanência no presídio.

“Ele precisa de uma dieta especial, tem idade avançada, trata-se de um ex-presidente. Se for bem cuidado, vai ter uma vida prolongada. Não temos condições de preparar uma comida especial de que ele necessita por causa das cirurgias. E, mesmo nas áreas mais isoladas, as condições não são adequadas para um ex-presidente”, disse Celina em entrevista ao SBT News.

STF decidirá destino de Bolsonaro

O governador Ibaneis Rocha (MDB) discordou da vice-governadora e declarou que a Papuda tem “condições físicas” para receber o ex-presidente. Ao site Metrópoles, o governador disse que não é amigo do ex-presidente e que acredita que a Papuda tem condições de abrigar Bolsonaro. No entanto, ressaltou que o Supremo irá tomar a decisão de qual local é adequado ou não.

Apesar de já ter apoiado Bolsonaro nas eleições de 2022, Ibaneis alegou não ter contato com o ex-presidente e disse desconhecer seu atual quadro de saúde. A decisão sobre o local onde Bolsonaro cumprirá pena caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

‘Papudinha’ deve ser destino provável do ex-presidente

Segundo informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Bolsonaro deve iniciar o cumprimento da pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como “Papudinha”, uma ala reservada dentro do Complexo da Papuda. O espaço já abrigou outras autoridades, como o ex-ministro Anderson Torres e o ex-vice-governador Benedito Domingos. A unidade também recebeu oficiais da PM-DF investigados por omissão nos atos de 8 de janeiro, atualmente em liberdade aguardando julgamento no STF.