Polícia toma nova atitude com suspeitos sobre morte de padre: ‘Devemos encontrar’

Responsável pelo caso concedeu entrevista hoje (17) e trouxe revelações sobre o crime bárbaro.

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Responsável pelas investigações no caso de morte do padre Alexsandro da Silva Lima, o delegado Lucas Veppo, da Polícia Civil de Dourados (MS), concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (17), e trouxe novos desdobramentos acerca do homicídio, que tem sido tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo ele, os celulares de dois dos cinco suspeitos foram recolhidos para análise de perícia.

A investigação nos aparelhos pode trazer à tona indícios que confirmem a intenção do roubo, o que automaticamente pode descartar a hipótese de que a vítima teria iniciado um ataque violento ao suspeito, que tinha porte bem inferior ao religioso. O jovem Leanderson de Oliveira Júnior, de 18 anos, confessou ter sido o responsável por matar o sacerdote

Em busca de provas 

A Polícia Civil acredita que ao que tudo indica, o crime de morte foi premeditado, uma vez que os jovens pretendiam vender o veículo do padre, um Jeep Renegade, por R$ 40 mil, no Paraguai, país que faz fronteira com o MS. “Devemos encontrar evidências da intenção do latrocínio”, iniciou Veppo, pontuando que não provas que sustente a versão de que o religioso teria atacado o jovem. “O padre tinha maior porte físico, enquanto o autor é franzino. O ataque foi sorrateiro, com intenção de matar”, disse o delegado.

Segundo informações das investigações, o grupo que participou da morte de Alexsandro não sabia que a vítima era padre. Autuado como principal responsável pelo crime, Leanderson já acumula passagem. Outros três suspeitos de participação são menores de idade, sendo assim conduzidos para a Unei, em Dourados. 

Crime bárbaro

O padre Alexsandro da Silva, de 44 anos, foi morto com golpes de marreta e facadas no pescoço no peito. O religioso foi encontrado sem vida enrolado em um tapete. O corpo da vítima estava em um setor de mata no Distrito Industrial de Dourados, onde residia. Alexsandro era pároco na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, em Douradina, cidade que fica a menos de 40 km, de Dourados.