O caso de morte do padre Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, teve novos desdobramentos nesta segunda-feira (17). Responsável por conduzir as investigações, o delegado Lucas Veppo Albe, do SIG (Setor de Investigação Geral) de Dourados (MS), revelou que a versão apresentada pelo principal suspeito do crime, Leanderson de Oliveira, não condiz com as evidências encontradas até o momento.
No depoimento concedido às autoridades, o jovem de 18 anos, confessou a ação criminosa, classificando que tomou a atitude após uma suposta proposta de relação sexual, que teria sido feita pelo religioso. Segundo Veppo, a versão apresentada pelo acusado no interrogatório não condiz com que o foi encontrado até o momento.
“Essa é uma informação não oficial, que não foi fornecida pela Polícia Civil. Foi uma alegação feita durante o interrogatório do autor. Ele tem direito de dizer o que ele bem entender como meio de defesa. Até o momento não tem nenhum indício de que tenha realmente acontecido, de que tivesse algum envolvimento anterior com o padre ou de que o padre tenha tentado atacá-lo com intuito sexual”, pontuou o delegado.
A principal suspeita das autoridades é que o caso foi planejado, com cunho de latrocínio, uma vez que evidências denotam que Leanderson e um adolescente de 17 anos objetivava vender o veículo do padre no Paraguai.
Sem sustentação
Ainda na coletiva, Lucas Veppo destacou que o padre tinha um porte físico avantajado, ao passo que o principal suspeito do crime tem estatura franzina. “Pelo que nós identificamos, o padre era uma pessoa de porte físico avantajado, e o autor, uma pessoa franzina. Acreditamos que o autor tenha atacado o padre de forma sorrateira, como uma emboscada, para conseguir golpeá-lo da forma que golpeou”, complementou o delegado.
Alexsandro da Silva foi morto com golpes de marreta na cabeça e a finalização do crime foi feito com golpes de faca. O corpo do religioso foi enrolado em um tapete e desovado em um setor de mata do município sul-mato-grosssense.
Outros presos
Além de Leanderson, outros quatro jovens foram detidos pela Polícia Civil, sob suspeita de envolvimento no crime bárbaro, entre eles três menores de idade, sendo duas jovens, que teriam supostamente auxiliado na limpeza da residência, onde o pároco foi assassinado. Os celulares dos dois principais suspeitos foram apreendidos para a realização de perícia.
