Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, identificada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como a idealizadora do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, que foi morta a tiros em 4 de novembro deste ano, foi detida após se apresentar voluntariamente na tarde desta segunda-feira, dia 17. A decisão de se entregar ocorreu após ela perceber que as ações da polícia estavam fechando o cerco, e que a chance de permanecer foragida estava acabando.
Gabrielle, que é casada com o ex-marido da vítima, estava sendo procurada ativamente por equipes especializadas desde o crime. As investigações indicam que ela, que era madrasta da filha de Laís, teria desenvolvido uma intensa obsessão pela criança, uma menina de quatro anos. Segundo os trabalhos de inteligência da polícia, essa fixação teria levado Gabrielle a planejar o homicídio com o intuito de obter a guarda total da menina.
Investigação policial ininterrupta
O trabalho dos agentes encarregados do caso foi ininterrupto desde o dia do crime, com a realização de investigações em diversos bairros para rastrear os movimentos da suspeita e localizar indivíduos que pudessem ter lhe oferecido refúgio, transporte ou qualquer assistência durante o período em que esteve foragida.
A polícia revelou que foram abertas múltiplas linhas de investigação com o objetivo de mapear a rede de apoio utilizada por Gabrielle e desmantelar qualquer arranjo que pudesse prolongar sua evasão. A possível colaboração de cúmplices, que teriam fornecido suporte logístico à acusada, segue sendo averiguada e pode levar a novas detenções.
Prisões seguem avançando
Antes da prisão de Gabrielle, três outros indivíduos já haviam sido detidos por envolvimento no homicídio. Na sexta-feira passada (dia 14), em Belford Roxo, os agentes prenderam Ingrid Luiza da Silva Marques, que é apontada como a responsável por intermediar a comunicação entre o atirador e a suposta mandante. Ingrid teria tido um papel crucial no recrutamento do executor e na concretização das etapas finais que culminaram na morte de Laís.
O motociclista que conduziu o veículo de fuga após a execução foi encontrado e detido em 7 de setembro. Posteriormente, em 10 de setembro, o indivíduo que efetuou os disparos foi capturado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Essa prisão finalizou uma parte essencial da sequência do crime, a qual foi detalhadamente reconstituída pelos investigadores.
A Polícia Civil reitera que o processo de investigação prossegue com o objetivo de finalizar o inquérito e assegurar que todos os envolvidos — incluindo a suposta mandante, os executores e possíveis colaboradores — sejam legalmente responsabilizados.
