Na madrugada desta sexta-feira (21), Carlos Bolsonaro voltou às redes sociais para relatar o que sente ao acompanhar o pai, Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar. O vereador afirmou que tem observado reações preocupantes e que está impedido de expor detalhes por medidas que considera ilegais.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, enquanto aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o processo da trama golpista. Caso seja concluído, ele deverá iniciar o cumprimento de pena de 27 anos e três meses em regime fechado.
Desabafo com tom de desespero
Em sua publicação, Carlos escreveu: “Fico com calafrios só de olhar. Como gostaria de expor o que vejo, mas estou impossibilitado por medidas ilegais de assim fazê-lo. Meu Deus!” A frase, resumida em “Me bloqueiam…”, ganhou destaque entre apoiadores e foi interpretada como uma denúncia contra as restrições impostas pela Justiça.
O médico Claudio Birolini, responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro, já havia informado anteriormente que as crises de soluço estavam sob controle com medicação. Segundo ele, ajustes são feitos conforme necessário, mas o tratamento segue o mesmo protocolo.
Repercussão política e jurídica
A fala de Carlos repercutiu no meio político e jurídico, reforçando o clima de tensão em torno do ex-presidente. A CNN Brasil tentou novo contato com o médico para verificar se houve mudanças recentes no tratamento ou no estado clínico, mas não obteve resposta até a publicação. O episódio amplia o mistério sobre a saúde de Bolsonaro e adiciona um componente político à narrativa, já que o filho denuncia estar impedido de revelar o que observa e admite sentir desespero diante da situação.
