O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), após solicitação da Polícia Federal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A medida não tem nenhuma relação com a condenação pela tentativa de golpe de Estado, e sim de uma postura cautelar. O antigo chefe do Executivo do país vinha cumprindo prisão domiciliar desde agosto deste ano.
Segundo informações, Bolsonaro estava dormindo no momento da ação executada pela Polícia Federal (PF) e reagiu com tranquilidade à voz de prisão preventiva. A companheira do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, não estava na residência no momento em que a operação foi realizada.
Sequência da detenção
O mandado de detenção de Jair Bolsonaro foi cumprido por volta das 6h deste sábado. Pouco mais de meia hora após o anúncio da prisão preventiva, o ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal. No local, ele passou pelo protocolo inicial, sendo levado para a Superintendência da PF na capital federal. Ele ficará em uma “Sala de Estado”, que é um espaço reservado às autoridades.
De acordo com o blog da jornalista Natuza Nery, a prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada com caráter de garantir a ordem pública, funcionando como uma medida direta ao fato de um dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, ter convocado uma vigília em frente ao condomínio do antigo mandatário. A Polícia Federal classificou que a ação pudesse representar risco aos agentes policiais, que trabalhavam aos arredores da residência.
Histórico de ex-presidentes
Jair Bolsonaro é o quarto presidente da República na história que acaba sendo preso por cometer delitos. Antes dele, Fernando Collor de Melo, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva já foram detidos. O atual presidente Lula (PT) foi o primeiro da lista, tendo sido preso em 2018. Na oportunidade, o mandatário ficou 580 dias na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.
