Caso Ruy Fontes: quem mandou matar e por qual motivo? Respostas são dadas pelo MP

Ex-delegado-geral de São Paulo foi executado na cidade de Praia Grande, litoral de SP.

PUBLICIDADE

O Ministério Público de São Paulo apresentou nesta sexta-feira (21) uma denúncia que aponta que o ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, foi executado a mando do alto escalão do Primeiro Comando da Capital. O assassinato ocorreu em setembro no litoral paulista e, segundo o MP, foi motivado por vingança pela atuação histórica do delegado contra a facção.

O documento denuncia oito pessoas por participação no crime, incluindo planejamento, vigilância e execução. A investigação descartou que a morte tivesse relação com o trabalho de Ruy como secretário municipal em Praia Grande, reforçando que o alvo era o policial. A denúncia foi construída pelo Gaeco, braço do MP especializado em crime organizado.

Motivação do crime

A motivação remonta a 2019, quando uma carta manuscrita apreendida mencionava o nome de Ruy entre os alvos desejados pela facção. Um dos trechos dizia “Missão: delegado Ruy Ferraz Fontes”, evidenciando a ordem direta para retaliação. A descoberta reforçou a tese de que o crime já vinha sendo planejado há anos.

Assassinato do ex-delegado-geral foi planejado

Segundo o MP, o grupo montou uma estrutura que incluía carros de fuga, casas de apoio e armamento de uso restrito. Câmeras de segurança teriam sido desligadas para facilitar a execução. Um dos denunciados, Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, é apontado como responsável pelo recrutamento dos envolvidos e organização logística.

Agora, o caso aguarda análise judicial para o recebimento da denúncia e início da ação penal. O Ministério Público ainda busca identificar outros possíveis participantes e aprofundar o rastreamento das ordens internas da facção.