A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã de sábado (22), gerou forte impacto político e institucional em Brasília e em todo o país. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, baseada em risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica, consolidou um dos momentos mais tensos desde o início das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro foi detido em casa, por volta das 6h, após monitoramento da Polícia Federal. Segundo a decisão, a suposta violação registrada às 0h08 foi interpretada como sinal de desrespeito às medidas cautelares impostas ao ex-presidente.
Moraes também considerou grave a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro na noite de sexta-feira (21), que, para ele, criaria um ambiente de desordem e possível obstrução policial. Investigadores afirmam que a movimentação poderia facilitar uma eventual fuga.
Polícia Federal prendeu Bolsonaro
A PF reforçou que a proximidade da residência de Bolsonaro com embaixadas estrangeiras elevava o nível de risco. O histórico de tentativas de buscar abrigo diplomático, citado em etapas anteriores do processo, também foi mencionado. Assim, a combinação dos fatores levou à avaliação de que medidas mais severas eram necessárias para garantir a segurança do processo e a execução futura da pena.
Alexandre Frota se manifesta
O ex-deputado federal Alexandre Frota, que se elegeu como bolsonarista em 2018, mas depois rompeu com Jair Bolsonaro, se manifestou nas redes sociais. Em tom de comemoração, ele postou um vídeo feito por inteligência artificial que mostra Bolsonaro sendo preso. “Preso”, escreveu na legenda. Frota trancou os comentários do post.
