Preso nas primeiras horas deste sábado (22), em ação promovida pela Polícia Federal de Brasília, Jair Messias Bolsonaro (PL) chegou a solicitar ao longo desta semana o recebimento de 16 visitas em sua casa na capital federal, onde cumpria o regime de prisão domiciliar. O ex-presidente da República fez uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para encontrar aliados em casa. Nos bastidores, a defesa do antigo chefe do Executivo, já tinha o receio da detenção em regime fechado.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão acerca dos episódios ocorridos no dia 8 de janeiro, e desde agosto, cumpria a detenção em regime domiciliar. A prisão do ex-presidente neste sábado não tem ligação direta com este caso, e sim após identificação de violação da tornozeleira eletrônica, e o fato do filho dele, Flávio Bolsonaro, ter convocado apoiadores para uma vigília próxima ao condomínio onde Bolsonaro mora. O STF classificou a ação como um fator de risco para possível fuga, e Alexandre de Moraes determinou a prisão.
Com quem Bolsonaro se reuniria?
De acordo com a CBN, Bolsonaro objetivava se encontrar com nomes como Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, e os outros parlamentares do partido como Giovani Cherini, Bia Kicis, Julia Zanatta, Carlos Portinho, Delegado Caveira, e o ex-candidato à presidência, Padre Kelmon.
Michelle Bolsonaro se manifesta
Em post nas redes sociais, Michelle Bolsonaro fez um forte desabafo após a prisão preventiva do companheiro. Nos stories do Instagram, a ex-primeira dama classificou a medida como ‘maldada humana’, e disse acreditar na justiça divina para a remontada do ex-presidente. Michelle não estava na residência do casal quando a Polícia Civil executou o mandado de prisão.
Bolsonaro foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal de Brasília, e ficará em uma cela que foi recentemente adaptada para receber autoridades. O local conta com um banheiro particular, uma mesa de trabalho, uma cadeira, um frigobar e uma televisão, e fica isolado dos demais detentos. A cela se assemelha bastante ao local onde o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou 580 dias detido em Curitiba.