Um aplicativo que utiliza inteligência artificial para criar avatares digitais de pessoas que já morreram passou a gerar grande repercussão nas redes sociais. A ferramenta, chamada 2Wai, tem causado polêmica, pois permite conversas em tempo real com versões virtuais dos retratados. No momento, o serviço funciona apenas nos Estados Unidos por enquanto.
O app exige que exista um vídeo gravado diretamente na plataforma para que o sistema monte o avatar digital. A gravação leva poucos minutos e serve de base para reconstruir movimentos e expressões.
Um vídeo de demonstração mostrando o recurso viralizou recentemente e na gravação, uma mulher aparece conversando com a representação virtual de sua mãe falecida. A sequência também mostra a avó lendo uma história ao neto e, mais tarde, a criança maior interagindo com o avatar.
Demonstração que viralizou
O vídeo foi publicado pelo cofundador da startup, Calum Worthy, e tem quase dois minutos. A postagem ultrapassou dezenas de milhões de visualizações na plataforma X. Worthy também é ator e participou de produções do Disney Channel.

Após a divulgação, usuários começaram a comentar o material e muitos criticaram o uso do recurso. Algumas pessoas demonstraram desconforto com a proposta apresentada pelo app.
Como funciona
A empresa descreve os avatares criados pelo app que podem representar tanto pessoas reais quanto personagens. A companhia afirma que é possível criar versões digitais de profissionais como treinadores, escritores ou consultores e o funcionamento varia conforme o objetivo de cada usuário.
Quando o avatar representa alguém que já faleceu, é obrigatório que exista um vídeo gravado antes do falecimento. A partir desse material, a inteligência artificial amplia falas e expressões. A startup diz que o avatar consegue interagir, reconhecer quem está usando o app e lembrar informações fornecidas em conversas anteriores.
