O feminicídio de Catarina Kasten, de 31 anos, trouxe à tona novos desdobramentos sobre o suspeito, preso após confessar o crime na manhã de sexta-feira (21). A jovem foi morta enquanto se deslocava para uma aula de natação, e o caso gerou grande repercussão nacional. Durante as buscas, policiais encontraram o corpo após serem alertados por dois homens que percorriam a trilha.
A investigação revelou que Giovane Correa Mayer, de 21 anos, já havia prestado depoimento como testemunha em um estupro cometido contra uma idosa de 69 anos, em 2022. Após seu envolvimento no caso de Catarina, a Polícia Civil decidiu reabrir a investigação e cruzar provas para verificar se há ligação entre os crimes. O suspeito vive na região desde 2019 e costumava frequentar a trilha.
Identificação do suspeito de estuprar Catarina
Além da análise genética, fotos tiradas por turistas e imagens de câmeras ajudaram na identificação do suspeito. Ao ser encontrado, ele confessou ter asfixiado a jovem com um cadarço e indicado onde havia escondido o corpo. Os objetos usados no crime, bem como pertences da vítima, foram apreendidos na residência dele, reforçando os elementos do inquérito.
Vítima foi homenageada
A comunidade reagiu rapidamente à tragédia. No sábado (22), moradoras, amigas e colegas de Catarina realizaram um ato para homenagear a estudante e denunciar a insegurança vivida por mulheres na capital catarinense. No protesto, uma das participantes resumiu o sentimento coletivo ao afirmar: “Uma homenagem para Catarina e para gritar a nossa revolta por não termos segurança enquanto mulheres”.
A UFSC e o CCE divulgaram notas lamentando a perda da estudante e cobrando investigações rigorosas. A Defensoria Pública confirmou que acompanha o caso por obrigação legal, mas reforçou que também atende mulheres vítimas de violência. O Ministério Público ainda aguarda o envio do inquérito para decidir sobre eventual denúncia.
