O início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desencadeou uma nova fase de mobilização entre seus apoiadores, resultando em intensa repercussão política. Grupos organizados estão planejando ações tanto no âmbito institucional quanto nas plataformas digitais, com o objetivo de pressionar pela libertação do ex-mandatário.
Uma das propostas de maior alcance está sendo divulgada por uma página no Instagram dedicada a admiradores do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está promovendo a ideia de uma paralisação nacional de caminhoneiros. Conforme as publicações, essa mobilização seria iniciada a partir de uma manifestação agendada para este domingo, dia 30 de novembro.
Apoio conservador cresce
O perfil em questão conta com mais de 600 mil seguidores e tem a participação de várias personalidades de destaque do cenário conservador. Entre os nomes que têm endossado a defesa pela revisão da condição judicial do ex-presidente estão os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Lucas Pavanato (PL-SP), o senador Ciro Nogueira (Progressistas) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que foi candidato à Prefeitura de São Paulo.
Pressão política
A mobilização de caminhoneiros é uma tática recorrente, como visto no final de 2022, quando, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), simpatizantes do ex-presidente bloquearam rodovias em mais de 20 estados, exigindo intervenção da Advocacia-Geral da União (AGU) para liberar o tráfego. Atualmente, além dos esforços nas redes sociais, há uma crescente pressão sobre o Congresso Nacional para ser votado o Projeto de Lei da Anistia, que visa perdoar pessoas condenadas por atos considerados golpistas.
Na última terça-feira, 25 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou o início do cumprimento da sentença de Jair Bolsonaro, que está detido na Superintendência da Polícia Federal desde o sábado anterior, 22 de novembro. A condenação estabelece que ele liderou uma organização criminosa com o propósito de se manter no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
