O ex-presidente Jair Bolsonaro precisou de atendimento médico na tarde desta quinta-feira (27) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após sofrer uma nova crise grave de soluços e refluxo. De acordo com relatos de seu filho, Carlos Bolsonaro, o mal-estar teve início na noite de quarta (26). “Ele não vai sobreviver frente a essa injustiça”, escreveu o filho do ex-presidente em publicação.
Conforme divulgado pela família, os sintomas retornaram com força: em relato divulgado por Jair Renan, “a crise de soluço voltou mais acentuada”. Ele acrescentou que o pai não conseguiu dormir durante a madrugada e que os episódios de refluxo que ocorreram ontem continuam persistindo ao longo do dia de hoje. A equipe médica da Superintendência da PF atua para tentar estabilizar o quadro.
Prisão de Bolsonaro ocorreu no sábado (22)
Desde o último sábado (22), Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal, cumprindo a pena de 27 anos e três meses de prisão definida pelo Supremo Tribunal Federal, com condenação transitada em julgado. A detenção teve início após ordem judicial e foi mantida na audiência de custódia.
Histórico de saúde delicado agrava situação
O histórico clínico do ex-presidente contribui para a preocupação. Desde a facada sofrida em setembro de 2018, Bolsonaro passou por diversas cirurgias graves, incluindo reparo de ferimentos no abdômen, colostomia emergencial, correção de hérnia incisional e tratamento de complicações intestinais recorrentes. Em abril de 2025, ele passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal. Desde então, apresentou crises de soluço, vômitos, refluxo e teve removidas lesões de câncer de pele em estágio inicial.
As recentes complicações de saúde, agora dentro do regime fechado, levantam dúvidas sobre o estado físico do ex-presidente e dificultam a expectativa de adaptação no ambiente prisional. A denúncia da família sobre o risco à vida reforça a tensão política e humanitária em torno do caso.
