Detido de forma preventiva na Superintendência da Polícia Federal e condenado há 27 anos e 3 meses de prisão, Jair Bolsonaro (PL) pode participar das próximas eleições presidenciais de uma outra forma. De acordo com informações do colunista Igor Gadelha, Michelle Bolsonaro pode ser candidata à vice-presidência do país, em uma chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é governador de São Paulo.
Nos bastidores, a ex-primeira-dama já teria sido consultada sobre a possibilidade, e deu sinalização positiva, mediante ao cenário em que se encontra Bolsonaro. A afirmação da disponibilidade em figurar como candidata foi dada por ela nos últimos dias, em conversas com apoiadores. Há um entendimento da oposição de direita, que é necessário ter alguém da família do ex-presidente encabeçando a chapa.
Temor de contrapartida
Por outro lado, há um receio do clã de Bolsonaro que Tarcísio mude a conduta e não siga a linha adotada pelo ex-presidente, em caso de eleição em um embate contra Luiz Inácio Lula da Silva. Michelle Bolsonaro, por sua vez, já afirmou ter confiança e respeito total a Tarcísio, pontuando nos bastidores não acreditar que o governador de São Paulo seria capaz de trair o seu esposo.
Em um primeiro momento, o intuito de Michelle seria disputar uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, colocando um dos seus irmãos como suplente na chapa. Contudo, em conversas com aliados, ela disse que topa abrir mão da candidatura como senadora, onde figura como favorita, para integrar uma chapa com Tarcísio, em oposição a Lula.
Filho de Bolsonaro no páreo
Não é descartado que o senador Flávio Bolsonaro figure como candidato à presidência. Filho 01 do ex-chefe do Executivo, ele já avisou aos apoiadores que, se necessário, abre mão do pleito por reeleição para concorrer ao Planalto.
Apesar deste posicionamento, pessoas próximas acreditam que o nome de Flávio teria mais resistência dos partidos do Centrão e no Judiciário, dificultando no cenário de formação de alianças para fortalecer uma chapa liderada por Tarcísio de Freitas. Publicamente, o governador de São Paulo ainda não se coloca como candidato no pleito presidencial.
