Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, expressou publicamente sua forte desaprovação à cogitada união entre o Partido Liberal (PL) e Ciro Gomes no Ceará. Essa manifestação desencadeou uma crise que evidencia rachaduras tanto na esfera familiar quanto no círculo político do bolsonarismo.
Ela criticou veementemente a manobra do partido, sustentando que tal aliança seria uma afronta à memória e ao histórico político do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um comunicado divulgado, Michelle pôs em xeque a coerência de apoiar Ciro Gomes, citando que ele é um crítico contumaz e agressor de seu marido.
Ela fez questão de trazer à tona momentos em que Ciro teria insultado Bolsonaro e demonstrado contentamento com a decisão judicial que o tornou inelegível. Adicionalmente, a ex-primeira-dama rotulou Ciro Gomes como um político tradicional que ajudou a propagar a ideia de que Bolsonaro teria responsabilidade pelas mortes ocorridas durante a pandemia de Covid-19.
Reação dos filhos de Bolsonaro
A resposta dos filhos de Bolsonaro à manifestação de Michelle foi rápida e marcada pela crítica. Flávio Bolsonaro afirmou que a ex-primeira-dama teria se antecipado e atropelado a postura que seria adotada pelo ex-presidente, enquanto Eduardo Bolsonaro classificou o posicionamento como injusto e desrespeitoso. Já Carlos Bolsonaro apelou por coesão e pela preservação da liderança de Jair Bolsonaro, livre de interferências externas.
Michelle Bolsonaro se manifestou
Em contrapartida, Michelle Bolsonaro reiterou o seu respeito pelos enteados, mas defendeu o seu direito de externar um ponto de vista distinto, garantindo que as suas observações não tinham o propósito de causar discórdia. Além disso, ela enfatizou que Jair Bolsonaro não havia endossado pessoalmente o apoio a Ciro Gomes.