Sônia Aparecida Rossi é nacionalmente conhecida como Maria do Pó, mas também utiliza os apelidos Sandrinha, Professora, Tata e Tia. Ela se tornou notória por figurar há anos nas manchetes policiais e ser, segundo o portal iG, a única mulher na lista dos 15 criminosos mais procurados do Brasil, posição que ocupa desde sua última fuga em 2006.
Com uma condenação que ultrapassa 54 anos de reclusão por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, Sônia se estabeleceu como uma das líderes de uma das mais influentes organizações do narcotráfico em São Paulo, um papel incomum em um ambiente predominantemente masculino.
Foragida procurada intensamente
Após escapar sem deixar vestígios da Penitenciária Feminina de Sant’Ana, localizada no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, Sônia passou a fazer parte do Programa Estadual de Recompensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), que oferece R$ 5 mil por informações que levem à sua localização. Sua vida criminosa é marcada por diversas capturas e evasões que aumentaram sua notoriedade.
Sônia ganhou grande destaque em 1999, quando foi apontada como diretamente envolvida no roubo de mais de 300 kg de cocaína do Instituto Médico Legal de Campinas. Embora tenha sido presa dias depois, e negado a tentativa de negociar sua soltura com a polícia, essa acusação consta em documentos da época.
A criminosa foi presa pelo menos três vezes ao longo de sua trajetória, destacando-se uma detenção em 2000, resultado de um confronto com a Polícia Federal em São José dos Campos. Mesmo após ser condenada, ela passou por aproximadamente nove unidades prisionais, até realizar sua fuga mais notória: investigações apontaram que ela se juntou a um grupo de pintura e conseguiu sair do presídio pela entrada principal.
Interpol em ação
Atualmente, Sônia está incluída na lista vermelha da Interpol, o que autoriza sua prisão em qualquer um dos 192 países participantes da organização. Documentos mais recentes, de 2018, indicam a possibilidade de ela estar escondida no Paraguai. Acredita-se que, se ainda estiver viva, ela tenha 65 anos de idade. Informações sobre sua vida privada são escassas, sendo um dos poucos fatos conhecidos o caso de um sobrinho que foi detido em 2019, mas liberado posteriormente devido a um erro na investigação policial.
