O jovem Gerson de Melo Machado, conhecido como Vaqueirinho, foi sepultado em João Pessoa na última segunda (01). O caso comovente impactou o Brasil e tem gerado reflexão. Com problemas na base estrutural da família e transtornos, ele morreu ao invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara, no último final de semana.
De acordo com informações do jornalista Ulisses Campbell, Gerson chegou a ir no Conselho Tutelar dois dias antes de invadir a jaula e ter a vida ceifada. A vítima objetivava buscar documentos no local para que pudesse tirar a carteira de trabalho e arrumar um emprego.
Comoção no enterro
Apenas a mãe e a prima de Vaqueirinho estiveram na cerimônia de sepultamento, marcada por forte comoção. Populares e curiosos estiveram no Cemitério do Cristo, na capital paraibana, participando do cortejo.
Ainda segundo informações de Campbell, a mãe de Gerson, que foi destituída da guarda dos filhos por conta de um quadro de esquizofrenia, teria hesitado diante do reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML). Vaqueirinho tinha quatro irmãos e foi o único que acabou não sendo adotado no orfanato. Durante oito anos, ele foi acompanhado pelo Conselho Tutelar.
A invasão
A movimentação de Vaqueirinho rumo à jaula da leoa Leona contou a escalada em uma parede de seis metros de altura, ultrapassagem nas cerca de segurança e o apoio de uma árvore para adentrar o recinto ocupado pelo animal. Assim que conseguiu entrar na jaula, o jovem já foi atacado, tendo em vista que o animal ficou estressado e em choque com a situação.
A leoa não será sacrificada e vem sendo monitorada por médicos especialistas desde o ocorrido. O parque foi fechado para a realização de investigações acerca das condições de segurança. Segundo a prefeitura de João Pessoa, o espaço tinha todas as documentações necessárias para o funcionamento.
