O caso envolvendo a morte do jovem Gerson de Melo Machado, o Vaqueirinho, contou com um novo desdobramento nesta quinta-feira (04). Em posicionamento, a Polícia Civil afirma não ter encontrado problemas de segurança no Parque Arruda Câmara durante a invasão da vítima à jaula da leoa Leona, que cometeu o ataque após se sentir acuada no interior do seu recinto.
Responsável pela apuração do caso, a delegada Josenise Andrade informou que não encontrou nenhum tipo de falha do espaço conhecido como a Bica, que tenha facilitado para que Vaqueirinho efetuasse a invasão. Em avaliações preliminares, ficou constatado que o local onde o animal fica obedece aos critérios requisitados. Exames de perícia no corpo da vítima e na jaula foram solicitados por ela, que estava de plantão no último final de semana, quando o caso foi registrado.
Parque publica vídeo
Em publicação feita na web na tarde desta quinta-feira (04), o Parque Arruda Câmara exibiu um vídeo de Leona retornando ao espaço que ela ocupava antes da invasão do jovem à jaula. O animal aparece nas imagens com reação de receio e aos poucos vai retomando a familiaridade com o local.
Nos últimos dias, a leoa ficou sob monitoramento de médicos especialistas do parque, que passaram a acompanhar as reações do animal pós-ataque. No dia do ocorrido, foi relatado que o animal ficou em choque e estressado com o cenário de invasão. Leona tem um histórico de comportamento equilibrado, sendo sempre tranquila com os funcionários e visitantes do espaço.
Reencontro doloroso
O corpo de Gerson de Melo Machado foi velado e sepultado no início desta semana. Entre os familiares, apenas a mãe e uma prima estiveram no local. A genitora do jovem, que sofre com quadro de esquizofrenia, foi responsável por fazer o reconhecimento do filho, e segundo o jornalista Ullisses Campbell, teria hesitado na identificação em um primeiro momento. Ela acabou sendo destituída dos filhos há quase 10 anos, por conta da doença. Diversos populares marcaram presença no cortejo e sepultamento.