A noite deste sábado (6) trouxe um novo alerta do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Segundo o parlamentar, Bolsonaro voltou a apresentar crises de soluço, desta vez mais constantes, irritantes e fortes.
A denúncia veio por meio de publicação nas redes sociais por volta das 20h, quando Carlos descreveu o sofrimento do pai e questionou o sistema prisional. “Mais um dia de tortura que nem um traficante de drogas enfrentaria em qualquer cárcere!”, escreveu. O vereador afirmou ainda que 2018 ainda não acabou, evocando o apoio aos chamados presos políticos do 8 de janeiro, referindo-se aos simpatizantes do ex-mandatário detidos após os atos golpistas.
Carlos expôs sofrimento de Bolsonaro na prisão
O uso simbólico de termos fortes reforça a narrativa de que os soluços seriam mais que um problema médico seriam, segundo Carlos, uma forma de humilhação e sofrimento imposto a Bolsonaro. A repercussão questiona o tratamento dentro da carceragem e levanta dúvidas sobre a condição física e psicológica do ex-presidente.

Na prática, o ex-chefe do Executivo cumpre pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), relatada pelo ministro Alexandre de Moraes. Desde então está em regime fechado, isolado em cela individual na sede da PF em Brasília.
Disputa jurídica e política
Com o relato de seu filho, Bolsonaro tenta reforçar a condição de vítima de abusos dentro do sistema prisional, pedindo apoio ao velho e aos torturados diariamente. A repercussão pode gerar novas disputas jurídicas e políticas, tudo cruza com debates sobre direitos humanos, dignidade e as tensões que ainda marcam o país após os acontecimentos de 2018.
