Feminicídio no Paraná: idosa de 68 anos morre após ataque do ex-marido; ela teve o rosto ‘desfigurado’

Ex-marido é suspeito de feminicídio após ataque que deixou idosa gravemente ferida no Paraná.

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A violência doméstica no sudoeste do Paraná culminou em um desfecho lamentável neste domingo (7), quando Ilda Alves de Paula, de 68 anos, faleceu no hospital em Francisco Beltrão. A vítima estava internada desde o final de novembro, após ser atacada de forma brutal em sua residência em Marmeleiro. Sua condição de saúde era crítica desde o princípio, pois apresentava o rosto desfigurado e graves problemas de mobilidade, o que exigiu atenção e monitoramento ininterruptos da equipe médica.

As investigações apontam o ex-marido da idosa, um homem de 74 anos, como o principal suspeito. Ele havia retornado ao convívio familiar aproximadamente duas semanas antes da agressão, alegando que seria para facilitar o cuidado mútuo do casal. Contudo, após o ataque, ele fugiu da cidade, o que levantou suspeitas imediatas.

Suspeito foi preso

A polícia agiu rapidamente e descobriu que um indivíduo com as características do suspeito havia comprado uma passagem intermunicipal. O homem foi então localizado na rodoviária de Pato Branco, no momento em que se preparava para embarcar em uma viagem com destino a Santa Catarina.

Investigação e mudança na tipificação do crime

A Polícia Civil do Paraná havia inicialmente concluído o inquérito e indiciado o suspeito por tentativa de feminicídio. Com a confirmação do falecimento de Ilda Alves de Paula, entretanto, a investigação será reaberta para ser complementada, e o crime será oficialmente reclassificado para feminicídio. A prisão preventiva do suspeito foi mantida enquanto as autoridades se dedicam a coletar novos depoimentos e a aprofundar as evidências já reunidas.

Quando detido, o homem alegou ter saído da cidade devido a um simples desentendimento com a ex-esposa. Essa versão é incompatível com o cenário encontrado pelas filhas da vítima, que a encontraram acamada e com o rosto gravemente ferido. O caso continua sob investigação, gerando grande comoção na comunidade e impulsionando discussões sobre a violência contra a mulher e a urgência de medidas mais eficazes para proteger vítimas em situação de risco.