A violenta morte de Rhianna, uma mulher trans de apenas 18 anos, em circunstâncias chocantes, reavivou a discussão sobre a violência contínua dirigida à comunidade trans no oeste da Bahia. A Polícia Civil está investigando o caso como feminicídio, visto que a vítima foi fatalmente agredida com um golpe de mata-leão.
O suspeito é um motorista de aplicativo de 19 anos que, logo após o ocorrido, levou o corpo à delegacia de Luís Eduardo Magalhães. Acompanhado por uma advogada, ele confessou ter cometido o ato, mas alegou ter agido em legítima defesa, o que resultou em sua liberação inicial pela corporação.
Em seu depoimento, o motorista disse que contratou Rhianna, que residia em Barreiras, para um programa. Ele a estaria levando para casa quando, segundo sua versão, uma discussão começou.
Ameaça e alegações
O motorista afirmou que Rhianna o ameaçou de expor o programa e de fazer uma acusação de estupro. A polícia não esclareceu se o motorista confirmou ou negou qualquer ocorrência de violência sexual, mantendo a incerteza sobre a credibilidade de suas alegações. Ele declarou que sua reação ocorreu quando a jovem fez um movimento em direção à bolsa, o que ele interpretou como uma ameaça.
Críticas e questionamentos sobre a condução do caso
A repercussão do caso foi amplificada nas redes sociais, intensificando o debate público. A influenciadora e professora Bárbara Carine manifestou sua indignação com a condução da investigação, criticando abertamente a atuação da autoridade responsável: “Fiquei muito chocada com a postura da Polícia Civil, mais precisamente do delegado”, afirmou ela. Na visão de Carine, esse tipo de episódio contribui para um ciclo de impunidade e evidencia a contínua vulnerabilidade e risco enfrentados pelas mulheres trans. O corpo de Rhianna será levado para sepultamento em América Dourada, no interior da Bahia.
