O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve benefícios vitalícios suspensos após determinação da Justiça Federal de Minas Gerais. O ultimato foi decretado na última terça-feira (09). As informações são do g1. Nos bastidores, o juiz federal Pedro Pereira Pimenta fixou um prazo de 48h para que a União promovesse o corte de funcionários, veículos oficiais, motoristas e assessores disponíveis ao ex-governante enquanto ele estiver preso em regime fechado.
Diante da determinação, o antigo chefe do Executivo nacional perderá os quatro servidores para segurança e apoio, dois veículos oficiais e seus respectivos motoristas, bem como assessores, passagens aéreas, e cifras que custeavam combustível, diárias em hotel e manutenção.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de detenção no caso de participação na trama golpista, sendo o réu com a pena mais expressiva. O ex-presidente, inclusive, já havia sofrido o corte de salários junto ao Partido Liberal, onde é filiado. Mediante ao risco de ser penalizado, o partido tomou a decisão interna de promover a suspensão do benefício.
Perícia médica?
De acordo com informações da CNN Brasil, o ministro Alexandre de Moraes cogita a possibilidade de promover uma avaliação de perícia médica em Bolsonaro, após a sinalização da defesa de que o ex-governante precisa ser submetido a um procedimento cirúrgico.
Nos bastidores, os advogados de Bolsonaro mais uma vez solicitaram o pedido de prisão domiciliar para o ex-presidente, alegando que o mesmo teve piora no quadro de soluços e precisa passar por uma nova avaliação médica. A probabilidade da detenção ser alterada a curto prazo é remota.
Pré-candidatura do filho
Na última terça-feira (09), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) oficializou que é pré-candidato à presidência da República no próximo pleito eleitoral. Incisivo, ele disse que a decisão é irreversível. A decisão finda um cenário de incógnita que pairava no ar, haja vista que Michelle Bolsonaro era apontada como uma possível integrante da chapa, atuando como vice do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Neste contexto, a tendência é que a família Bolsonaro tenha um representante próprio, e que Tarcísio lance sua campanha independente. O nome do senador Flávio, no entanto, é visto com certa resistência por alguns partidos da direita.
