O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou nesta quinta-feira (11) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele fosse internado e submetido a uma nova cirurgia. A solicitação, protocolada no início de dezembro, alegava agravamento do estado de saúde do político.
Entretanto, segundo Moraes, os documentos médicos apresentados não comprovam qualquer urgência. O magistrado destacou que o exame mais recente anexado ao processo foi realizado há três meses, sem recomendação de intervenção imediata naquele momento.
Alexandre de Moraes toma decisão contra Jair Bolsonaro
Na decisão, Alexandre de Moraes ressaltou que os advogados afirmaram que Bolsonaro teria apresentado novas intercorrências médicas, supostamente suficientes para justificar uma internação emergencial. No entanto, o ministro observou que a defesa não anexou laudos atuais que reforcem essa narrativa.
Dessa forma, ele concluiu que não existe comprovação de que o ex-presidente esteja diante de um quadro clínico que exija cirurgia urgente enquanto permanece detido na Superintendência da Polícia Federal. Diante das inconsistências do pedido, o relator ordenou que a PF realize uma perícia médica oficial para verificar a real necessidade do procedimento reivindicado pela defesa.
Alexandre de Moraes destaca condição de Bolsonaro ao ser preso
Esse levantamento deve ocorrer em um prazo de 15 dias e será determinante para definir se Bolsonaro pode ou não ser encaminhado a uma unidade hospitalar nas condições descritas pelos advogados. Alexandre de Moraes também frisou que, no momento de sua prisão em 22 de novembro, o ex-presidente não relatou qualquer emergência médica ou necessidade imediata de cuidados especiais.
