Alexandre de Moraes pode tomar esta atitude com Bolsonaro sobre prisão

Ministro do STF avalia movimentação da defesa do ex-presidente e pode flexibilizar situação carcerária do mesmo.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estuda a possibilidade de uma transferência do ex-presidente Jair Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal, de Brasília, para o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido popularmente como Papudinha. Em meio ao cenário quase inviável de retomada da prisão domiciliar, solicitado pela defesa, a mudança para um espaço maior é vista com bons olhos por aliados e familiares do antigo chefe do Executivo nacional. As informações são da CNN Brasil.

Detido desde o dia 22 de novembro na sede da Polícia Federal, Bolsonaro conta com um espaço de 12 metros quadrados. O local conta com ar-condicionado, banheiro privativo, mesa, armário e frigobar. O ex-presidente, no entanto, tem reclamado da falta de suporte médico, em caso de uma eventual emergência, e também do tamanho da cela especial.

Papudinha é maior

A Papudinha, por sua vez, tem 60 metros quadrados por cela, e além disso conta com uma cozinha, quintal, banheiro, sala, lavandeira, ventilador e televisão. O ex-ministro Anderson Torres cumpre pena neste local, que conta com uma equipe médica própria.

Segundo informações da CNN, Bolsonaro tem reclamado do barulho de um gerador existente na sede da Polícia Federal e da solidão no espaço. O ex-presidente tem sofrido crises de soluço em meio à detenção. O problema já vinha sendo registrado quando ele ainda estava no regime domiciliar.

STF e a perícia

Nos bastidores, o ministro Alexandre de Moraes não descarta a possibilidade de transferência de Bolsonaro para a Papudinha, mas vai tomar a decisão apenas após o resultado da perícia médica que o antigo chefe do Executivo deve ser submetido nos próximos dias.

A defesa do ex-presidente afirma que ele precisa passar por um procedimento cirúrgico em decorrência da crise de soluços. Os últimos exames sobre a saúde de Bolsonaro foram feitos há três meses, e diante da petição, Moraes determinou a realização de novas avaliações sobre o quadro do líder da direita, a fim de identificar se a cirurgia é necessária ou não.